O discente Eduardo Magalhães de Lacerda Filho, juntamente com o seu orientador, professor Dr. Vinícius Pereira Gonçalves, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, apresentou em sua dissertação de mestrado, em 2021, uma proposta para garantir os dados e a segurança nos sistemas biométricos utilizados pelos cidadãos, tornando-os menos vulneráveis a fraudes e ataques cibernéticos. A solução é o uso de criptografia forte, com algoritmos e procedimentos robustos e em tempo real, que garantem o anonimato dos indivíduos dentro de bancos de dados biométricos e proporcionam segurança e privacidade das informações.
Ambos publicaram dois artigos sobre o tema na Revista IEEE e na Conferência Internacional (ICISSP), as quais possuem avaliações A1 e B2, respectivamente, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O professor Vinícius menciona que foi proposto um novo esquema de abordagem para garantir o anonimato do usuário dentro de bancos de dados biométricos e que ainda permite a comunicação entre eles, de forma segura na execução de todos os procedimentos de identificação. “Um esquema de criptografia probabilístico e um novo protocolo de comunicação foram utilizados para obter privacidade, com evidências de segurança e integridade de interoperabilidade entre redes biométricas”, explica.
A pesquisa realizada propõe uma nova forma de utilizar a biometria para identificar pessoas em sistemas públicos e privados e pode-se afirmar que já existem entidades governamentais estudando a implementação dessa técnica em seus sistemas. A novidade dessa ação biométrica é que ela não necessita de dados pessoais como nome e CPF, por exemplo, para realizar a identificação. A técnica utiliza a criptografia para esconder os dados da pessoa e permitir que o sistema possa identificá-la de maneira única e segura.
De acordo com Eduardo, a solução proposta serve para proteger dados de rede de celular, internet das coisas e muito mais. “A segurança é garantida por meio de criptografia forte, com algoritmos e procedimentos robustos e em tempo real impossíveis de serem quebrados, pelo menos por enquanto, e da aplicação de técnicas de segurança em redes computacionais”, declara.
Fonte: UnB Ciência